A História de Sirion
É sabido que, desde o momento em que os deuses aceitaram assumir sua prole no marco dos treze anos de uma vida mortal, o cheiro das crias semidivinas intensificou. Seja pelo conhecimento de quem eram, seja pela maior proximidade com as divindades, raros se tornaram os casos da chegada com um campista já passado da pré-adolescência. Os monstros, cada vez mais sedentos para encontrar suas vítimas antes que se tornassem protegidas em demasiado pelas barreiras dos acampamentos, também ficaram mais vorazes e, por fim, a tragédia começou.
Crianças semidivinas capturadas antes dos doze ou mesmo dos dez. Pequenas hordas de harpias se organizando em grupos de três ou quatro nas proximidades de ambos os acampamentos, prontas para emboscar os recém-chegados. Ataques consecutivos às barreiras, diminuição da população semidivina... Percy Jackson, considerado outrora um herói de guerra e salvador do mundo, convidado a honra de ascender como pequeno deus, rapidamente se tornou um vilão na história. Um vilão cheio de boas intenções e coração enorme, mas, ainda assim, culpado pelas consequências de seu tratado. Mesmo o Acampamento Júpiter sofria pelo acordo recém-ampliado para os romanos, e Nico di Angelo já não era suficiente para aplacar a situação. Ainda assim, foi com a tragédia de Emily Redmont que tudo saiu do controle.
Com os números cada vez mais baixos de sua prole, Zeus acreditou que anunciar a filha ainda na maternidade poderia ser motivo o bastante para garantir-lhe uma escolta digna. Assim, o raio apareceu para a pequena cedo demais e, ao mesmo tempo, os semideuses do Meio-Sangue foram contatados para a tarefa de resguardá-la até a idade correta. O debate foi extenso! Poderiam despender da vida de um veterano por tantos anos assim, na tentativa de salvar uma nova existência? A demora foi inevitável. Os conselheiros se reuniram e, quando por fim tomaram uma decisão, uma semana depois, a criança já estava morta. A loucura ornou o olhar de ambas as facetas do Rei do Olimpo, tamanho seu descontrole. Ele desejava punir o mundo e tinha todos os motivos para isso: os humanos há muito o desacreditavam, os monstros estavam tão arraigados na terra que já eram indissociáveis do mundo mortal e fora um semideus o culpado por tudo aquilo. Ainda que no passado as coisas não fossem ideais, o presente se provava ainda pior: um pai ausente era preferível à própria morte.
Culpado e desgraçado por suas próprias ações de boa fé, Percy se uniu novamente ao Olimpo, solicitando uma alteração no pacto criado: Caso os deuses encontrassem um lugar realmente seguro e dessem o suporte necessário, os semideuses começariam a buscar pelas crias semidivinas e caçariam os monstros do mundo até torná-lo equilibrado outra vez. A reclamação, portanto, se daria apenas no segundo em que o jovem recém-chegado pisasse em terra protegida, resguardando-o como fosse possível. Foram dois dias de debate acalorado até a aprovação do que ficou conhecido como Tratado da Compensação. Depois, mais uma semana inteira foi usada pelos deuses para que aceitassem a segunda demanda de Percy Jackson, o herói e vilão de todo o Olimpo: União dos semideuses gregos e romanos, colocando-os em um esforço centrado para um mesmo objetivo e garantindo que os dois lados tivessem a mesma chance de sucesso.
Assim, foi apenas no oitavo dia que Sirion surgiu. Erguida do fundo do mar, abençoada por cada uma das divindades de ambos os panteões, a ilha foi criada entre a Península Itálica e a Península Balcânica, no meio do Mar Andríaco, remontando a origem de ambas as culturas. Uma área segura para os semideuses, inalcançável por terra e indetectável para os mortais, com fortes barreiras contra os monstros. Logo acima dela, o Olimpo também tomou seu lugar como segurança extra, pairando feito uma nuvem mística na região, visível mesmo a olho nu. A nova morada semidivina. A casa de gregos e romanos, onde todo semideus seria bem-vindo. Um lar.
Adicionais:
— Assim que o tratado foi firmado, Percy abandonou o convívio com os outros semideuses. Com seus poucos amigos de sempre, passou a viajar pelo mundo em uma missão própria, desafiando monstros e salvando quantas vidas pudesse. Uma tentativa desesperada de reparar o erro cometido.
— Nico di Angelo se aposentou assim que a união dos acampamentos foi colocada em prática, sentindo não ser mais necessário o seu papel.
— A tarefa de construir a ilha foi entregue nas mãos de um pequeno e esperançoso grupo de gregos e romanos, conhecidos como Fundadores.
— Lupa e Dionísio foram consagrados como patronos da ilha no instante em que ela nasceu. Foram as únicas criaturas divinas a estarem presente em seu processo de construção.
Crianças semidivinas capturadas antes dos doze ou mesmo dos dez. Pequenas hordas de harpias se organizando em grupos de três ou quatro nas proximidades de ambos os acampamentos, prontas para emboscar os recém-chegados. Ataques consecutivos às barreiras, diminuição da população semidivina... Percy Jackson, considerado outrora um herói de guerra e salvador do mundo, convidado a honra de ascender como pequeno deus, rapidamente se tornou um vilão na história. Um vilão cheio de boas intenções e coração enorme, mas, ainda assim, culpado pelas consequências de seu tratado. Mesmo o Acampamento Júpiter sofria pelo acordo recém-ampliado para os romanos, e Nico di Angelo já não era suficiente para aplacar a situação. Ainda assim, foi com a tragédia de Emily Redmont que tudo saiu do controle.
Com os números cada vez mais baixos de sua prole, Zeus acreditou que anunciar a filha ainda na maternidade poderia ser motivo o bastante para garantir-lhe uma escolta digna. Assim, o raio apareceu para a pequena cedo demais e, ao mesmo tempo, os semideuses do Meio-Sangue foram contatados para a tarefa de resguardá-la até a idade correta. O debate foi extenso! Poderiam despender da vida de um veterano por tantos anos assim, na tentativa de salvar uma nova existência? A demora foi inevitável. Os conselheiros se reuniram e, quando por fim tomaram uma decisão, uma semana depois, a criança já estava morta. A loucura ornou o olhar de ambas as facetas do Rei do Olimpo, tamanho seu descontrole. Ele desejava punir o mundo e tinha todos os motivos para isso: os humanos há muito o desacreditavam, os monstros estavam tão arraigados na terra que já eram indissociáveis do mundo mortal e fora um semideus o culpado por tudo aquilo. Ainda que no passado as coisas não fossem ideais, o presente se provava ainda pior: um pai ausente era preferível à própria morte.
Culpado e desgraçado por suas próprias ações de boa fé, Percy se uniu novamente ao Olimpo, solicitando uma alteração no pacto criado: Caso os deuses encontrassem um lugar realmente seguro e dessem o suporte necessário, os semideuses começariam a buscar pelas crias semidivinas e caçariam os monstros do mundo até torná-lo equilibrado outra vez. A reclamação, portanto, se daria apenas no segundo em que o jovem recém-chegado pisasse em terra protegida, resguardando-o como fosse possível. Foram dois dias de debate acalorado até a aprovação do que ficou conhecido como Tratado da Compensação. Depois, mais uma semana inteira foi usada pelos deuses para que aceitassem a segunda demanda de Percy Jackson, o herói e vilão de todo o Olimpo: União dos semideuses gregos e romanos, colocando-os em um esforço centrado para um mesmo objetivo e garantindo que os dois lados tivessem a mesma chance de sucesso.
Assim, foi apenas no oitavo dia que Sirion surgiu. Erguida do fundo do mar, abençoada por cada uma das divindades de ambos os panteões, a ilha foi criada entre a Península Itálica e a Península Balcânica, no meio do Mar Andríaco, remontando a origem de ambas as culturas. Uma área segura para os semideuses, inalcançável por terra e indetectável para os mortais, com fortes barreiras contra os monstros. Logo acima dela, o Olimpo também tomou seu lugar como segurança extra, pairando feito uma nuvem mística na região, visível mesmo a olho nu. A nova morada semidivina. A casa de gregos e romanos, onde todo semideus seria bem-vindo. Um lar.
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